O presidente Lula (PT) vai estar na Bahia na próxima quinta-feira (09) para duas agendas. Pela manhã, o presidente participa da inauguração da fábrica da BYD, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). À tarde, ele segue para Maragogipe, no Recôncavo baiano, onde anuncia R$ 3 bilhões em investimentos para o Estaleiro Enseada.
O investimento em Maragogipe visa a construção de seis embarcações de suporte para as plataformas da Petrobras. A expectativa é que as embarcações fiquem prontas entre o final do primeiro semestre e o início do segundo semestre de 2026. A expectativa é que as construções gerem mais de 5,4 mil postos de trabalho diretos e indiretos.
“É uma oportunidade ímpar para os trabalhadores e trabalhadoras da Bahia, uma oportunidade também para estudantes que estejam terminando seus cursos técnicos e profissionalizantes”. Ele completou, afirmando ser “motivo de alegria e satisfação estar contribuindo com esse processo maravilhoso no Recôncavo Baiano”, disse o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, ao jornal A TARDE.
De acordo com o dirigente sindical, o processo de revitalização da indústria naval baiana começou entre 2020 e 2021, com audiências públicas na região, mesmo durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Após os encontros, o pleito foi levado a Brasília, culminando na construção de uma frente parlamentar em defesa da indústria. Bacelar relembrou que, “Quando Bolsonaro era presidente, todas as encomendas de navios, plataformas e sondas foram para fora do Brasil, com os pedidos indo para China, Japão e Singapura, Coreia do Sul. Mais de 2 milhões de empregos foram gerados fora do país naquela época”.
O cenário começou a mudar após a eleição de Lula, em 2022, quando o programa de governo do petista reforçou, no capítulo “Energia”, a necessidade de ter a revitalização da indústria naval.
Antes do anúncio em Maragogipe, Lula estará em Camaçari para a inauguração da fábrica da BYD. O espaço funcionará na estrutura que antes abrigava a montadora norte-americana Ford, que deixou o país em 2021, também na gestão Bolsonaro, deixando um rastro de desemprego na RMS.Por Kaylan Anibal /

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