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Tomate tem maior alta do ano na Bahia e preço chega a R$ 11,99 o quilo

 

Queda na produção nacional e clima frio no Sudeste contribuíram para encarecimento do produto nas feiras e supermercados baianos.O preço do tomate registrou em junho a maior alta do ano na Bahia, segundo dados dos Centros de Abastecimento do Estado (Ceasa). A caixa com 20 a 22 kg chegou a ser comercializada por até R$ 155, o que representa um aumento de 19% em comparação com o mês de maio.
Foto: Canva      Nas feiras e supermercados, o impacto chegou rapidamente ao consumidor. De acordo com levantamento realizado pelo aplicativo “Preço da Hora”, entre o fim de junho e o início de julho, o quilo do tomate variou entre R$ 2,99 e R$ 11,99. Até poucos meses antes, os preços giravam entre R$ 2,90 e R$ 3,00.

O aumento surpreendeu tanto comerciantes quanto consumidores. Marcelo Gomes, dono do restaurante La Cucina, especializado em culinária italiana, relatou dificuldade para equilibrar os custos. “Teve uma alta de preço em junho. Eu, que costumo comprar sempre na Feira da Sete Portas, paguei R$ 6 pelo quilo em junho. Uns meses atrás, comprava o quilo por R$ 3. Quando o aumento acontece, a gente tenta equilibrar, porque não dá para aumentar o preço do cardápio toda vez que um insumo sobe”, disse.

A consumidora Vera Lúcia Silva, de 59 anos, também se mostrou surpresa: “Da última vez que saí para comprar e reparei no preço, estava R$ 2,90”.

Causas do aumento

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção nacional de tomate caiu 48,4% em 2024, em relação ao ano anterior. O recuo se deve principalmente à redução da área plantada, já que os baixos preços de 2023 desestimularam os produtores.

Na Bahia, a principal região produtora é a microrregião de Irecê. Segundo Wendell Miná, da empresa Fort Tomates, muitos agricultores locais diminuíram drasticamente o cultivo. “Diminuímos muito os plantios este ano. Além disso, no Sudeste, o frio atrasou a maturação dos frutos, o que reduziu a oferta no mercado e elevou os preços”, afirmou.

William Santos, produtor da WA Múltipla Distribuidora, aponta outras dificuldades enfrentadas pelo setor. “Mesmo com queda no plantio, houve uma oferta maior que a demanda em alguns meses. Muitos produtores tiveram prejuízo e deixaram de investir. Além disso, o custo da mão de obra subiu muito”, explicou.

O clima também contribuiu para o encarecimento. Segundo o IBGE, chuvas e temperaturas mais baixas nas regiões produtoras do Sudeste atrasam a colheita e reduzem a oferta do produto, pressionando os preços para cima.

Produção nacional

Os principais estados produtores de tomate no país são Goiás (32,8%), São Paulo (24,0%) e Minas Gerais (12,4%). A Bahia consome parte do que é produzido no estado, além de importar principalmente de Minas Gerais.Por  / 

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