Invasão armada em São Roque do Paraguaçu causa terror em moradores; criminosos chegaram de barco e metralharam casas e veículos, gerando pânico e fuga de trabalhadores A tão aguardada retomada das obras no estaleiro naval de São Roque do Paraguaçu, distrito de Maragogipe, no Recôncavo Baiano, reacendeu a esperança de dias melhores com a geração de empregos e movimentação econômica. No entanto, junto com o recomeço dos trabalhos, também veio um cenário preocupante: a escalada da violência ligada à presença de facções criminosas na região.
Na madrugada desta quarta-feira (02) o distrito de São Roque do Paraguaçu, em Maragogipe, viveu momentos de puro terror. Mais de 20 homens fortemente armados, supostamente integrantes da facção Comando Vermelho, invadiram a comunidade por via marítima e promoveram uma série de ataques com rajadas de tiros, deixando um cenário de destruição e medo entre os moradores.
Na madrugada desta quarta-feira (2), a comunidade viveu horas de terror, após mais de 20 homens fortemente armados invadirem a localidade e espalharem pânico entre os moradores. Segundo relatos obtidos pelo Blog do Valente, os criminosos, supostamente integrantes da facção Comando Vermelho, chegaram por barco, oriundos da sede do município, e deram início a uma série de ataques com rajadas de tiros.
“Foram três horas de desespero, das 2h às 5h da manhã”, contou um morador. Os criminosos metralharam casas, carros e estabelecimentos comerciais enquanto gritavam palavras de ordem associadas à facção. “Eles diziam ‘Tropa do Cris’ a todo momento”, relatou uma moradora assustada.
Imagens compartilhadas com a redação mostram cápsulas de munição espalhadas pelas ruas, algumas recolhidas em baldes e até nas mãos de moradores que presenciaram a ação. Vidros de residências e veículos ficaram estilhaçados. Muitos moradores, ainda em estado de choque, relataram que os criminosos deixaram a região somente ao amanhecer.
O clima de insegurança já começa a afetar trabalhadores que foram contratados para prestar serviços no estaleiro. Um prestador de serviços, que pediu para não ser identificado, afirmou ao Blog do Valente que solicitou à empresa para ser transferido para morar em uma cidade vizinha, por medo de permanecer em São Roque. “Pedi para ir para Salinas, vai aumentar os custos, mas é por segurança. Não fui o único, vários colegas também pediram o mesmo”, disse. Segundo ele, as empresas estão cientes da gravidade da situação e têm se mostrado sensíveis aos apelos.
O episódio reacende o alerta sobre a necessidade urgente de reforço da segurança pública na região, especialmente diante da retomada de atividades industriais que devem atrair ainda mais pessoas e investimentos para o distrito. Enquanto isso, a comunidade vive entre a expectativa por dias melhores e o medo de novos ataques.Por Ana Almeida /
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