De acordo com a gestão municipal, o projeto chega para mitigar os efeitos negativos deixados pela pandemia no setor de transporte, tendo durabilidade de 24 meses Foto: Lucas Moura/Secom
Um projeto de lei que propõe a ampliação da idade máxima de veículos de táxi, mototáxi e aplicativos de transporte foi enviado pela Prefeitura de Salvador à Câmara Municipal de Vereadores nesta segunda-feira (10). A proposta prevê o aumento de oito para dez anos o tempo limite dos veículos que são utilizados por estas categorias – tanto para motos quanto para carros.
De acordo com a gestão municipal, o projeto chega para mitigar os efeitos negativos deixados pela pandemia no setor de transporte, tendo durabilidade de 24 meses, para possibilitar que os permissionários adquiram novos veículos.
“A pandemia trouxe um aumento expressivo a todos os custos do transporte, incluindo o preço dos veículos novos e usados, dificultando assim a troca de carros e motos por parte dessas categorias. Então, a nossa proposta é abrir uma janela para que essa exigência seja flexibilizada por dois anos, até que a conjuntura econômica mude”, explicou o secretário de Mobilidade de Salvador (Semob), Fabrízzio Muller.
O prefeito Bruno Reis pontuou que o documento é resultado de audiências públicas com as categorias. “Esse projeto foi criado em conjunto. Ouvimos todas as categorias e buscamos reunir na proposta as principais demandas dos profissionais para enfrentar esse momento em que os reflexos da pandemia ainda impõem dificuldades ao transporte urbano como um todo. Reunimos esses pedidos numa proposição consistente, que não vai levar prejuízo à qualidade dos serviços. Tenho certeza que os vereadores vão avaliar e vão entender a necessidade de flexibilizar temporariamente algumas exigências”, afirmou o gestor.
O texto ainda prevê que o prazo de validade dos crachás dos taxistas seja vinculado às suas carteiras de habilitação. Portanto, se o condutor tiver acabado de renovar a sua CNH, a licença do taxista pode durar até 10 anos, conforme nova regra definida pelo Governo Federal. A concessão só será feita pela Semob apenas para os donos dos alvarás de táxis. Para os condutores auxiliares, a regra permanecerá a mesma, sendo que o prazo limite do crachá será de 24 meses.
No documento, a prefeitura ainda busca retirar a exigência de capacidade mínima dos porta-malas dos táxis. Na legislação atual, os veículos precisam ter um bagageiro de pelo menos 280 litros, limitando os motoristas a circularem apenas com veículos maiores e, portanto, mais caros.
“Nas audiências, chegamos à conclusão de que não há mais a necessidade de limitar um tamanho de bagageiro. A proposta é que essa escolha agora seja do próprio motorista, de acordo com o serviço que ele deseja prestar. É claro que o profissional que optar por um porta-malas menor terá uma limitação maior dos serviços que pode prestar”, acrescentou o chefe da Semob. (BN)
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