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Palmeiras vence Flamengo na prorrogação e é tricampeão da Libertadores

 Deyverson, 30, passou mais de um ano na Espanha, onde atuou por Getafe e Alavés. Pouco jogou. Mas quando postava qualquer foto em sua conta no Instagram, a maioria dos comentários tinha basicamente a mesma mensagem:

“Volta para o Palmeiras!” 

Em 27 de novembro de 2021, no início da noite de Montevidéu, o atacante fez um dos gols mais importantes da história do clube alviverde. Aos 4 minutos do 1º tempo da prorrogação, ele deu ao Palmeiras o título da Libertadores. Aproveitou a falha bisonha de Anderas Pereira e, com um toque na saída de Diego Alves, decidiu a final. 

Foi o bastante para a equipe paulista derrotar o Flamengo por 2 a 1, neste sábado (27), no estádio Centenário. 

É o terceiro título do Palmeiras no torneio -antes já o havia conquistado em 1999 e 2020. O bi consecutivo marca a primeira vez que uma equipe brasileira vence a Libertadores em dois anos seguidos desde o São Paulo, em 1992 e 1993. Na temporada passada, os palmeirenses já haviam apelado a um atacante saído do banco para vencer. Breno Lopes resolveu com uma cabeçada diante do Santos. 

Com o tricampeonato, o time alviverde se iguala a São Paulo, Santos e a Grêmio como o maior vencedor do país na mais importante competição sul-americana. 

A preocupação passa a ser agora buscar o Mundial de Clubes, título inédito para a agremiação. A competição deverá acontecer em fevereiro, nos Emirados Árabes. O maior adversário deverá ser o Chelsea (ING), atual campeão da Champions League. 

Na temporada passada, o Palmeiras participou do Mundial, mas terminou na quarta colocação. 

A volta de Deyverson nem era a prioridade. O desejo de torcida e diretoria era repatriar Dudu, emprestado ao Al Duhail, do Qatar. A aposta era no ídolo. Quem decidiu, porém, foi o atacante muito criticado em alguns momentos, mas que já havia feito o gol do título do Brasileiro de 2018. Ele selou neste sábado uma vitória com a cara de Abel Ferreira. O Palmeiras foi disciplinado taticamente, acreditou no plano do treinador e se entregou em campo. 

Isso mudaria após o intervalo, mas o primeiro tempo foi um banho tático do português sobre Renato Gaúcho. Bem postado taticamente, o Palmeiras sabia o que queria fazer em campo. Marcou forte, cometeu faltas quando necessário e jogou no lado direito do seu ataque, em lançamentos para Mayke e Rony em velocidade. 

David Luiz teve 45 minutos de maior destaque ao ir ao ataque do que defendendo. Filipe Luís falhou repetidas vezes na cobertura até se lesionar e ser substituído por Renê aos 31. Quando isso aconteceu, o Palmeiras já estava na frente em uma jogada justamente nas costas do lateral. Mayke cruzou para Raphael Veiga concluir para o gol aos 5. 

Foi o 5º gol do meia-atacante na Libertadores e o 18º na temporada. Nos dois casos, ele é o artilheiro da equipe. 

Com a vantagem, o Palmeiras se encolheu em campo e começou a chamar o Flamengo. A ideia era roubar a bola e lançar para a velocidade de Rony, que poderia tentar o gol ou retê-la até a chegada de Veiga, Dudu ou Zé Rafael. Isso não aconteceu, mas o rubro-negro também não ameaçou. 

Lento, com erros excessivos de passe e sem imaginação, os cariocas não conseguiam ameaçar até o fim da etapa inicial. O único lance de perigo foi arremate de Arrascaeta de dentro da área aos 43. 

A torcida flamenguista, maioria no Estádio Centenário, começou a pedir a entrada de Michael, vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 13 gols, e melhor jogador do time nos últimos meses. 

A mudança não aconteceu no intervalo, mas o Flamengo partiu para cima nos primeiros minutos do segundo tempo e poderia ter empatado com Gabigol, David Luiz e Bruno Henrique, mas os três falharam na finalização. 

O Palmeiras jogava uma linha de cinco jogadores na defesa começou a dar espaço. Renato Gaúcho resolveu colocar Michael, um atacante que, no que dependesse do torcedor flamenguista no Centenário, teria começado como titular. Na primeira vez em que partiu com a bola, sofreu falta e Piquerez recebeu cartão amarelo. 

O gol parecia cada vez mas próximo para o Flamengo e não era difícil apostar em quem seria o responsável pela igualdade. Aos 26 minutos, Gabigol chutou no único espaço possível entre a trave e Weverton para marcar. Com 11, ele é o artilheiro da competição. 

O empate deixou o jogo nervoso pela certeza de que o próximo erro definiria o campeão. O Palmeiras não mudou seu estilo de jogar. Continuou cauteloso em primeiro lugar, marcação antes de tudo. Mas o Flamengo não manteve o mesmo ímpeto ofensivo, apesar de continuar com mais posse de bola e mais perigoso. Michael teve uma grande chance aos 41, mas chutou para fora. 

Por

 Redação Voz da Bahia 

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Uma alternativa para Abel Ferreira, em circunstâncias normais, seria colocar Felipe Melo em campo. Mas com problemas no joelho, o capitão de 38 anos entrou a oito minutos do fim. 

Quem apareceu antes do início da prorrogação foi Deyverson. Correu de um lado para o outro enquanto outras opções ofensivas, como Raphael Veiga e Rony, estavam extenuadas. Luiz Adriano, mais habilidoso e com faro de gol, não acreditaria no erro de Andreas Pereira como o camisa 9 acreditou. Foi o que decidiu a Libertadores e justificou todos os pedidos de torcedores para voltar ao clube. 

FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 1 X 1 PALMEIRAS

Local: Estádio Centenário, em Montevidéu (URU)

Hora: 17h (horário de Brasília)

Árbitro: Nestor Pitana (Argentina)

Auxiliares: Juan P. Belatti e Gabriel Chade (ambos da Argentina)

VAR: Julio Bascuñan (Chile)

Cartões amarelos: Rodrigo Caio, Arrascaeta, Gabigol (FLA); Piquerez, Gustavo Gómez, Felipe Melo (PAL) 

Gols: Raphael Veiga, aos 5 minutos do primeiro tempo (PAL); Gabigol, aos 26 minutos do segundo tempo (FLA); e Deyverson, no primeiro tempo da prorrogação. 

FLAMENGO: Diego Alves; Isla (Matheuzinho), Rodrigo Caio, David Luiz e Filipe Luís (Renê); Willian Arão, Andreas Pereira (Pedro), Éverton Ribeiro (Michael) e Arrascaeta (Vitinho); Bruno Henrique (Kenedy) e Gabigol. Técnico: Renato Gaúcho. 

PALMEIRAS: Weverton; Mayke, Gustavo Gómez, Luan e Piquerez (Felipe Melo); Danilo (Patrick de Paula), Zé Rafael (Danilo Barbosa), Gustavo Scarpa e Raphael Veiga (Deyverson); Dudu (Wesley) e Rony. Técnico: Abel Ferreira

Imagem: REUTERS/Mariana Greif
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