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Internauta alerta sobre golpe que simula contato judicial e tenta capturar dados bancários

 

Golpistas usam documentos falsos, ligação simulada do Tribunal de Justiça e chamada de vídeo disfarçada para acessar contas bancárias.
Imagem: ilustrativa

Um internauta relatou ao Blog do Valente ter sido alvo de uma sofisticada tentativa de golpe que utilizou documentos falsificados, simulação de contato judicial e manipulação psicológica para tentar capturar dados bancários e o acesso à tela do celular da vítima. O caso demonstra a evolução das estratégias de estelionatários que exploram a confiança entre cliente e advogado.

A fraude teve início com uma mensagem via WhatsApp, enviada por alguém que se passou pelo advogado da vítima. O golpista informou que uma suposta ação judicial de indenização havia sido ganha e que o pagamento já estaria autorizado pela Justiça. Para reforçar a história, foi enviado um documento com brasão oficial, contendo dados reais da vítima, como nome completo, CPF e número de processo.

Menos de uma hora após o primeiro contato, a vítima recebeu uma ligação de um número que imitava o do Tribunal de Justiça. A pessoa na chamada confirmou dados bancários e pessoais e, em seguida, solicitou que a vítima transmitisse a tela do celular, alegando ser um procedimento de segurança para liberar o pagamento.

Desconfiado, o internauta disse ao golpista que consultaria seu advogado. Durante esse momento, ele percebeu que a ligação era, na verdade, uma chamada de vídeo disfarçada de chamada de voz, possivelmente usada para captar sua imagem. Ao notar a tentativa, ele rapidamente trocou a câmera para a traseira, exibindo apenas uma mesa.

Apesar disso, o “suposto advogado” — na verdade o próprio golpista — enviou uma mensagem confirmando que o procedimento seria normal, incentivando a continuidade da fraude.

Confiando na falsa orientação, a vítima chegou a transmitir a tela e abrir o aplicativo bancário. Como não havia saldo na primeira conta, o golpista questionou se existiam contas em outras instituições e solicitou mais informações. A desconfiança aumentou, e a ligação foi encerrada.

Minutos depois, a confirmação do golpe veio por mensagem: o criminoso exigiu o pagamento de “custas judiciais via PIX” para supostamente dar continuidade ao processo.

Ao perceber a fraude, a vítima entrou imediatamente em contato com as instituições financeiras, bloqueando contas e alterando senhas, evitando prejuízos.

Segundo especialistas, golpes desse tipo exploram fortemente a relação de confiança entre advogado e cliente, além de utilizar recursos tecnológicos como videoconferência oculta para tentar capturar o rosto da vítima e validar operações bancárias.

Tribunais, no entanto, não solicitam transmissão de tela, acesso ao aplicativo do banco ou pagamento de custas via PIX. Toda comunicação oficial ocorre por canais formais, jamais por chamadas de WhatsApp.

O caso serve como alerta para que a população redobre a atenção diante de contatos que envolvam processos judiciais, valores a receber ou dados bancários.

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