Sessão especial celebrou também os 38 anos do 14.º BPM e reconheceu oficiais que contribuíram para a segurança do Recôncavo.Imagem: reprodução
A Câmara Municipal de Santo Antônio de Jesus realizou, na noite de quarta-feira (3), uma sessão especial em homenagem aos 200 anos da Polícia Militar da Bahia (PMBA) e aos 38 anos do 14.º Batalhão de Polícia Militar. Durante a solenidade, três oficiais superiores foram contemplados com o título de Cidadão Santo-Antoniense, reconhecimento concedido pelas contribuições prestadas à segurança pública do Recôncavo.
Foram agraciados o coronel Lucas Palma, comandante do Policiamento da Região do Recôncavo (CPR Recôncavo); o subcomandante Alex Rego; e o tenente-coronel Manoílzo Bonfim, comandante do 14º BPM. As homenagens foram entregues em clima de forte simbolismo institucional, marcando o vínculo da corporação com a comunidade local.
Oficiais destacam emoção, pertencimento e renovação do compromisso profissional
O coronel Lucas Palma afirmou que a homenagem fez seu coração sentir-se “abraçado e aquecido”, acrescentando que a honraria reforça e dobra seu compromisso profissional com a sociedade.
O subcomandante Alex Rego lembrou que chegou ao município aos seis anos de idade e que o 14.º BPM foi sua primeira unidade após a formação na academia, motivo pelo qual o título representa “uma honra especial”.
Já o tenente-coronel Manoíso Bonfim destacou o “sentimento de pertencimento” proporcionado pela cidadania honorária e ressaltou a evolução histórica da Polícia Militar, que deixou de servir à monarquia para tornar-se uma corporação voltada ao cidadão e à comunidade.
História da corporação foi lembrada durante a cerimônia
Durante a sessão, foi resgatada a trajetória bicentenária da PMBA, criada em 17 de fevereiro de 1825, por decreto de Dom Pedro I, então com 238 homens sediados no Mosteiro de São Bento. Foram citados episódios marcantes, como a participação na Guerra do Paraguai (1865–1870), quando apenas 77 dos 477 voluntários baianos retornaram.
Houve ainda menção ao projeto Bahia pela Paz, focado em segurança e cidadania, e ao reconhecimento, em 2017, do acervo documental da PMBA como Patrimônio da Memória do Mundo, título concedido pela UNESCO.
O vereador Uberdan Cardoso, historiador, fez um discurso emocionado ao relacionar a história da instituição à de sua própria família, citando seu pai, o “soldado Alô”, que ingressou na corporação em 1964 sem concurso. O parlamentar afirmou que a democracia é um processo a ser “permanentemente lapidado”.
Por Ana Almeida /
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