Ação da Corregedoria revela indícios de desvios de conduta e furto de arma que seria revendida a criminosos durante a Operação Contenção

Cinco policiais militares do Batalhão de Choque foram presos nesta sexta-feira (28) sob suspeita de crimes cometidos durante a Operação Contenção, realizada em 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro — considerada a mais letal da história do país. A Corregedoria da Polícia Militar, com base em imagens de câmeras corporais (bodycams), identificou indícios de irregularidades.
As apurações apontam que os agentes teriam vendido ilegalmente um fuzil apreendido na operação para criminosos. A denúncia partiu da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (CDDHC), que acompanha o caso. Segundo a comissão, as imagens mostram o “furto de um fuzil possivelmente destinado à revenda para criminosos”.
A investigação corre sob responsabilidade da 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (1ª-DPJM), que, junto com a Corregedoria, analisa os vídeos gravados pelas câmeras portáteis dos PMs para caracterizar crimes militares.
A operação original, realizada em 28 de outubro, mobilizou cerca de 2,5 mil agentes e visava desarticular o grupo criminoso Comando Vermelho. O saldo oficial aponta 122 pessoas mortas — entre elas cinco policiais —, além da apreensão de armas, drogas e a prisão de criminosos.Por Alinne Souza /
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