Ministério da Saúde prevê distribuição de 1,8 milhão de dispositivos até 2026 com expectativa de reduzir a mortalidade maternaO Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer gratuitamente o implante contraceptivo Implanon para mulheres em todo o país. A medida, anunciada pelo Ministério da Saúde, prevê a distribuição de 1,8 milhão de dispositivos até 2026. O método possui alta eficácia e funciona continuamente por até três anos, com uma taxa de falha inferior a 1%.
Imagem: reprodução O Implanon é um pequeno bastão flexível, inserido sob a pele do braço da mulher de forma rápida e praticamente indolor. Ele libera gradualmente hormônios que inibem a ovulação, evitando a gravidez. Em clínicas particulares, o procedimento pode custar até R$ 3 mil, valor que será totalmente coberto pelo SUS com a nova política pública.
De acordo com a pasta, a ampliação do acesso ao contraceptivo poderá gerar impactos significativos na saúde pública, com projeção de queda de 25% na taxa geral de mortalidade materna e de 50% entre mulheres negras até 2027. O governo federal também aponta que a iniciativa promove equidade no acesso ao planejamento familiar.
A portaria que institui a nova oferta no SUS será publicada nos próximos dias. Após isso, o Ministério da Saúde terá 180 dias para realizar ações técnicas, como a atualização das diretrizes clínicas e a capacitação de profissionais de saúde. Apenas médicos e enfermeiros habilitados poderão fazer a inserção e a retirada do implante, mediante formação teórica e prática.
O novo contraceptivo integra a estratégia nacional de ampliação da oferta de métodos contraceptivos de longa duração e reforça o compromisso do SUS com a saúde reprodutiva das mulheres brasileiras.Por Ana Almeida /
0 Comentários