Levantamento mostra que 70% dos parlamentares rejeitam proposta que prevê jornada de 36 horas semanais em 4 diasUma pesquisa do instituto Quaest, divulgada nesta quarta-feira (2), aponta que 70% dos deputados federais são contrários ao fim da escala 6×1, regime que prevê seis dias de trabalho para um de descanso. A proposta de alteração na jornada semanal está entre os temas com maior índice de rejeição entre os parlamentares.
Imagem: reprodução Apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP) em fevereiro, a proposta pretende instituir uma jornada de 36 horas semanais distribuídas em quatro dias de trabalho, eliminando a possibilidade da escala 6×1 em contratos formais. Segundo a autora, o objetivo é promover qualidade de vida, bem-estar e maior produtividade para os trabalhadores brasileiros.
Os índices de rejeição variam conforme o posicionamento político dos parlamentares. Entre os deputados que se consideram de oposição ao governo, 92% são contrários à proposta. Entre os independentes, o número é de 74%, e entre os governistas, a rejeição cai para 55%.
A pesquisa também revelou os índices de apoio à proposta: 44% dos deputados governistas se mostraram favoráveis ao fim da escala 6×1, contra 23% dos independentes e apenas 6% dos oposicionistas.
Críticos do projeto alegam que a mudança seria inviável para setores como comércio, saúde e indústria, onde a escala de trabalho contínua é essencial. Já os defensores afirmam que experiências internacionais têm mostrado ganhos em produtividade e bem-estar com modelos de jornadas reduzidas.
A proposta ainda está em fase inicial de tramitação na Câmara dos Deputados e deve passar por análise nas comissões temáticas antes de ir ao plenário.Por Ana Almeida /
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