A abertura do inquérito ocorre após a conclusão da etapa de sondagem em águas profundas na Baía de Todos-os-Santos, fase que investigou a geologia local para o projeto técnico da ponteO Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil para apurar possíveis impactos ambientais causados pelas obras da Ponte Salvador-Itaparica. A medida, assinada pela procuradora Vanessa Gomes Previtera, foi tomada em razão de suspeitas de danos ao meio ambiente, à saúde pública, à segurança e ao bem-estar da população.Imagem: reprodução A abertura do inquérito ocorre após a conclusão da etapa de sondagem em águas profundas na Baía de Todos-os-Santos, fase que investigou a geologia local para o projeto técnico da ponte. Segundo o MPF, as obras podem gerar alterações nas condições sociais e econômicas, impactar a estética e a salubridade ambiental, além de produzir resíduos ou energia fora dos padrões estabelecidos.
Essa não é a primeira vez que a construção da ponte é alvo de questionamentos do Ministério Público. Em 2019, o órgão já havia solicitado informações à Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra) sobre o processo de licitação e o projeto básico da obra.
A concessionária responsável pela Ponte Salvador-Itaparica informou ao site BNews que enviará um posicionamento sobre o novo inquérito. O projeto, orçado inicialmente em R$ 7,6 bilhões, prevê uma ponte com 12,4 quilômetros de extensão sobre a lâmina d’água, sendo a segunda maior da América Latina.
Após a homologação do novo contrato pelo Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) em fevereiro, o consórcio passou por mudanças, com a saída da China Railway 20th Bureau Group (CRCC20) e a entrada da China Civil Engineering Construction Corporation (CCECC), pertencentes ao mesmo grupo empresarial. O investimento na fase de sondagem terrestre, iniciada em Vera Cruz no começo de 2024, foi de cerca de R$ 160 milhões.
A montagem do canteiro de obras está prevista para começar em 2025, condicionada à emissão da licença ambiental pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e à aprovação de demais órgãos competentes. A expectativa é beneficiar aproximadamente 10 milhões de baianos em 250 municípios.Por Ana Almeida /
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