Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (08) pelo IBGEO Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que é o indicador oficial da inflação no Brasil, fechou o mês de outubro com alta de 0,56%, uma aceleração em comparação ao índice de 0,44% registrado em setembro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).imagem: reprodução O IPCA acumula alta de 3,88% no ano e, nos últimos 12 meses, de 4,76%, valor superior aos 4,42% observados no período anterior. Em outubro de 2023, a variação foi de 0,24%.
O resultado veio acima da expectativa do mercado, que previa uma alta de 0,53% no mês e um avanço de 4,47% no acumulado de 12 meses.
Com a alta no mês, o IPCA ultrapassa o teto da meta de inflação do Banco Central. Na última quarta-feira, 6, o Comitê de Política Monetária (Copom) intensificou o ciclo de aperto monetário e aumentou a taxa de juros em 0,50 ponto percentual.
Segundo o IBGE, o resultado foi influenciado pela alta de 4,74% nos preços da energia elétrica e o aumento de 5,81% das carnes.
Em termos de impacto no índice geral de outubro, tanto o grupo de itens de Habitação quanto Alimentação e Bebidas exerceram influência de 0,23 p.p no índice geral, sendo que, entre os subitens, a energia elétrica foi o que mais pressionou o resultado, com 0,20 p.p. de impacto.
“Em outubro esteve em vigor a bandeira vermelha patamar 2, que acrescenta R$7,87 a cada 100 kwh consumidos, enquanto em setembro estava em vigor a bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta aproximadamente R$4,46”, destaca André Almeira, gerente do IPCA e INPC.
Maior alta das carnes em 4 anos
O grupo de Alimentação e Bebidas apresentou alta de 1,06% em outubro, impulsionado pelo aumento dos preços da alimentação no domicílio, que passou de 0,56% em setembro para 1,22% no mês de outubro. Entre os principais itens, as carnes registraram elevação de 5,81%, com impacto de 0,14 ponto percentual no índice geral. Destaque para os cortes de acém (9,09%), costela (7,40%), contrafilé (6,07%) e alcatra (5,79%).
Foi a maior alta mensal das carnes desde novembro de 2020, quando a variação foi de 6,54%.
“O aumento de preço das carnes pode ser explicado por uma menor oferta desses produtos, por conta do clima seco e uma menor quantidade de animais abatidos, e um elevado volume de exportações”, explica Almeira.
A alimentação fora do domicílio também subiu, com alta de 0,65% em outubro, acima da variação de 0,34% observada em setembro. Dentro desse grupo, o subitem refeição registrou aceleração, subindo de 0,18% para 0,53%, enquanto o lanche passou de 0,67% para 0,88%.
O único grupo que registrou queda em outubro foi o de Transportes, com variação de -0,38% e impacto de -0,08 ponto percentual no índice geral. Esse resultado foi puxado principalmente pela redução de 11,50% nas passagens aéreas, que impactou o índice em -0,07 ponto percentual.
Outros itens que contribuíram para o desempenho negativo dos transportes foram o trem, com queda de 4,80%, o metrô, com recuo de 4,63%, o ônibus urbano, com redução de 3,51%, e a integração de transporte público, com variação de -3,04%. Essas quedas ocorreram devido às gratuidades concedidas à população durante as eleições municipais de outubro.
Entre os combustíveis, houve redução nos preços do etanol, com queda de 0,56%, do óleo diesel, com recuo de 0,20%, e da gasolina, com diminuição de 0,13%, enquanto o gás veicular registrou alta de 0,48%.Por Ana Almeida /
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