Uma operação conjunta realizada pelo Cybergaeco (Grupo de Investigação de Crimes Cibernéticos) do Ministério Público, pela Polícia Militar de São Paulo e com suporte da Polícia Civil desbaratou, na manhã desta quarta-feira (9), uma quadrilha especializada em fraudes bancárias. O esquema alvo da ação causou um prejuízo de aproximadamente R$ 3,5 milhões a uma instituição financeira.
Foto: ilustrativa Os agentes cumpriram 57 mandados de busca e apreensão e efetuaram seis prisões temporárias nos estados de São Paulo, Goiás e Santa Catarina. Segundo a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), a quadrilha se aproveitava de uma falha no sistema de controle de garantias de um banco para realizar transações fraudulentas utilizando contas em nome de laranjas, ou seja, pessoas que não eram as verdadeiras beneficiadas pelos crimes.O grupo criminoso também utilizava dispositivos de cobrança vinculados a estabelecimentos comerciais fictícios para simular transações aparentemente legítimas. Embora os investigadores não tenham detalhado como os criminosos obtinham os dados dos laranjas, especialistas em fraudes alertam que, muitas vezes, esses dados são coletados por meio de golpes online, nos quais clientes clicam em links maliciosos enviados por e-mail, WhatsApp e redes sociais.A operação ocorre em um momento em que o combate às fraudes bancárias tem sido reforçado no Brasil. Em agosto, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) firmou um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para trocar conhecimentos, tecnologias e metodologias no enfrentamento a fraudes e crimes cibernéticos. Esse acordo integra a Estratégia Nacional de Segurança Financeira, que envolve empresas dos setores financeiro, telecomunicações, varejo, e-commerce, além de redes sociais e o próprio governo.
Os mandados em São Paulo foram cumpridos nas cidades de São Bernardo do Campo, Taboão da Serra, Mogi das Cruzes, Suzano, Embu das Artes, Arujá e Praia Grande. A operação envolveu aproximadamente 280 agentes públicos, entre policiais militares, civis e promotores de Justiça.Por Fernanda Mamona /
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