
De acordo com o delegado Alex Machado, titular da delegacia especializada no combate a crimes tributários, as fraudes começaram em 2020, dois anos após Samira se tornar sócia de uma empresa de cartões de crédito de benefícios a convite de um amigo. Ela aliciava funcionários para maquiar planilhas da empresa, aproveitando-se de sua posição de sócia.
Posteriormente, Samira passou a atuar em outra empresa do mesmo grupo, especializada em cartões para a classe médica, onde lidava com valores ainda maiores. Por fim, migrou para uma terceira empresa do grupo, focada na antecipação de recebíveis.
“São empresas com R$ 10 milhões, R$ 20 milhões a receber. Ela começou a simular operações, como se alguém estivesse pedindo esses valores, e os montantes eram liberados e caíam diretamente na conta bancária dela. Ela já estava se preparando para fugir com tudo, mas foi descoberta por um funcionário”, explicou o delegado.
Durante o período das fraudes, Samira passou a frequentar a alta sociedade de Belo Horizonte, realizando diversas viagens internacionais para comprar artigos de luxo, chegando a gastar US$ 148 mil em joias em Dubai.
Após ser descoberta, a mulher foi denunciada pelos sócios. A Polícia Civil informou que Samira devolveu parte do dinheiro ao grupo, mas depois negou os desvios e ocultou o restante.
A polícia apreendeu cerca de R$ 15 milhões em bens. Dos onze presos, cinco foram liberados.Por Lala Freitas /
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