Em meio ao cenário de queda da defesa e dos preços dos alimentos no país, um alimento essencial na dieta brasileira está seguindo um caminho contrário. O ovo de galinha apresenta um aumento acumulado de 22,93% nos últimos 12 meses até junho, marcando a maior variação registrada desde julho de 2013, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No mesmo período, os alimentos consumidos em casa tiveram um aumento de 2,88%, e a categoria de alimentos e bebidas apresenta uma alta acumulada de 4,01%. O ovo de galinha se tornou uma das principais fontes de proteína para as famílias brasileiras, especialmente aquelas de baixa renda, devido ao aumento dos preços da carne e do frango nos últimos anos, causado por diversos impactos na cadeia produtiva e pela demanda externa aquecida. Em algumas capitais, a variação é ainda mais expressiva: Belo Horizonte (31,92%), Aracaju (30,36%), Goiânia (28,94%) e São Paulo (24,51%).
Além disso, esse é o maior aumento registrado para o mês de junho desde 2013, quando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) indicou um aumento de 28,41% nos preços dos ovos de galinha em um período de 12 meses. Existem diversos fatores que explicam esse aumento nos preços dos ovos de galinha. A redução na produção, devido aos altos custos, tem sido o principal impulsionador do aumento dos preços.
O aumento dos insumos utilizados na atividade, como as cotações do milho e do farelo de soja, também contribui para essa escalada. Além disso, houve um aumento nos preços das embalagens e dos medicamentos. Diante dessas circunstâncias, muitos pequenos produtores optam por reduzir sua produção, o que impacta no aumento do preço do produto devido à diminuição da disponibilidade de ovos.Por Ana Almeida /
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